Poucas coisas são tão eficazes quanto as críticas para minar um
relacionamento. Não estou querendo dizer com isso, que devemos distribuir elogios
de forma inconsequente, tampouco apelar para a lisonja ou para a bajulação. É
claro que há momentos em que é preciso discutir procedimentos, atitudes e
comportamentos que não estão gerando os resultados desejados, seja em família,
seja do ponto de vista profissional. Mas essa discussão dificilmente trará
algum benefício se fizer com que a outra pessoa se sinta agredida, ofendida,
diminuída ou desvalorizada. Se o seu interlocutor se sentir sob ataque, sua
reação mais provável será revidar, transformando a discussão em um campo de
batalha, ou então fechar-se em uma atitude defensiva. Em ambos os casos, o
problema gerador da discussão continuará existindo, com o agravante de se ter
perdido o canal da comunicação com o outro. Aqui, o ponto crucial é saber discutir
sem jamais ferir a autoestima da pessoa com a qual você está discutindo.
Isso só é possível se você se dispuser a entender em vez de
atacar, a perguntar em vez de acusar, a permitir que o outro exponha seus
motivos e intenções e, principalmente, se o deixar perceber que ele é capaz de
encontrar uma solução digna para o problema. Essa demonstração de confiança
fará com que a confiança se sinta valorizada em vez de se sentir humilhada ou
acuada, abrindo caminho para que o conflito seja resolvido de forma eficaz.
Conforme disse Goethe: "Trate um homem como ele é e ele será para sempre
como é. Trate um homem como ele pode e deve ser e ele se tornará o que pode e
deve ser."
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