terça-feira, 23 de agosto de 2016

PARA SABER COMO FALAR, É PRECISO ANTES SABER COMO OUVIR

Deixar alguém falar enquanto secretamente contamos os segundos que faltam para a conversa chegar ao fim não é saber ouvir. Ocupar a mente com outros assuntos ou planejar as respostas que daremos a seguir enquanto alguém está falando também não é saber ouvir. Ocupar a mente com outros assuntos ou planejar as respostas que daremos a seguir enquanto alguém está falando também não é saber ouvir. Quem age assim não consegue entabular um diálogo sincero, nem uma conversa útil e gratificante. Essa pessoa pode até pensar que “fez sucesso”, que impressionou os demais com sua demonstração de conhecimento ou erudição, com sua sagacidade e seu domínio das palavras, quando, na verdade, seus interlocutores estão pensando coisas do tipo: “como fulano é chato” ou “fulano não ouviu uma palavra do que eu disse”. Só é um bom ouvinte quem sabe doar não “conhecimento” ou “sabedoria”, mas tempo e atenção. Para tanto, é necessário deixar de lado as preocupações, o desejo de exibir inteligência, as opiniões preconcebidas, a tentação de julgar precipitadamente e, em vez disso, apenas ouvir. Por mais que você acredite que tenha algo a dizer ou a ensinar a alguém, nunca conseguirá fazer com que suas palavras atinjam esse propósito se não houver empatia entre você e seu interlocutor. E, muitas vezes, ao deixar o outro falar, você pode acabar percebendo que não há nada a “ensinar” ou “aconselhar”: a própria pessoa tem condições de encontrar em si mesma as respostas que procura. Como diz Mary Kay Ash, fundadora da Mary Kay Cosmetics, “Muitos dos problemas que ouço não requerem que eu ofereça soluções. Soluciono a maioria apenas ouvindo e deixando que a parte afligida fale. Se eu ficar ouvindo por tempo suficiente, a pessoa acaba encontrando uma solução adequada. ”

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