quarta-feira, 10 de agosto de 2016

UMA CULTURA DE EXCESSO DE ATIVIDADE

É assustador o fato de o excesso de atividade ter se tornado um símbolo social e psicológico para expressar nosso valor. Pergunte aos colegas do escritório como vão. Eles normalmente dirão algo como: “Estou ocupadíssimo. E você? ” E você responderá algo como “Ah, sim, estou com trabalho até o pescoço”. Então vocês assentirão com a cabeça em solidariedade, tendo executado o ritual de confirmação mútua que nossa cultura aceita como validação de seu valor no trabalho e como ser humano.

A implicação disso é que, se você estiver ocupado, isso quer dizer que alguém deve precisar de você para alguma coisa, de modo que você deve ter algum valor. Quanto mais ocupado estiver, mais deve ser necessário. É a declaração existencial do século 21: “Estou estressado, logo existo”. Certa vez perguntaram: “Se eu não estou ocupado, então sou o quê? ”. Uma questão de fato importantíssima!
Quando fazemos isso uns com os outros no trabalho, criamos uma cultura de correria e urgência e não de realização e produtividade extraordinária. Fomos socializados a pensar que tudo precisa ser feito agora, o que não é verdade.

 Reflita!

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