terça-feira, 6 de setembro de 2016

SUAS PALAVRAS SÃO A MEDIDA DE SEU EQUILÍBRIO. MEÇA-AS BEM

As palavras podem ter um efeito demolidor, não apenas para quem as ouve, mas também para quem as pronuncia. Palavras destemperadas e ofensivas, ditas sob o calor do momento, fazem com que a pessoa que as proferiu seja vista como explosiva ou mesmo desequilibrada. Podem até provocar uma efêmera sensação de alívio, mas a um preço alto demais: destroem relacionamentos, agravam problemas em vez de resolvê-los e prejudicam, às vezes de forma irreversível, a imagem que uma pessoa transmite aos demais. Stephen R. Covey, cofundador da empresa de consultoria FranklinCovey, certa vez escreveu: “A derradeira liberdade é o direito e o poder de decidir de que forma alguém ou algo externo irá nos afetar. ” É exatamente isso que as pessoas que se deixam levar por explosões de cólera não percebem. Elas podem pensar que estão “dando o troco” ou que estão “colocando fulano ou beltrano em seu devido lugar”. Na verdade, porém, estão apenas expondo seu descontrole, mostrando o quão facilmente permitem que suas reações sejam determinadas por circunstâncias externas, ou mesmo por aspectos de si mesmas que elas não percebem ou não querem perceber. Quantas vezes gritamos com nossos filhos porque não podemos gritar com nossos chefes? Ou gritamos com nossos funcionários porque não podemos gritar com nossos clientes? É preciso refletir sobre isso, pois, do contrário, você corre o risco de ser traído por suas próprias palavras.

Falar de forma equilibrada revela que você é uma pessoa equilibrada. E o oposto também é verdadeiro. Muitas pessoas, costumam afirmar, com orgulho, “eu digo a verdade na cara, seja de quem for” ou “eu sou sincera, doa a quem doer ”. Ocorre que a sinceridade não pode estar desassociada da sensibilidade de saber como e quando falar. Sem essa sensibilidade, a alardeada “sinceridade” não passa de grosseria ou fala de educação. Quanto mais dura for a “verdade” a ser dita a alguém, mais se fazem necessários o tato, a gentileza e o bom senso.

As Figuras de Transição nos mostram que é possível levar o diálogo a um patamar mais elevado e que a comunicação não é uma forma de manipular, mas de aproximar as pessoas. Elas nos fazem ver o poder transformador das palavras e o modo como a genuína cooperação nasce da atenção sincera que dedicamos às pessoas. 

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